
CRÍTICA PUBLICADA ORIGINALMENTE NO SITE CINECLICK
Enquadrando-se naquele gênero de filme difícil de ser
enquadrado em algum gênero de filme, Kaboom
exige um grande esforço para ser apreciado ou, pelo menos, aturado. Isso porque
sua estrutura, roteiro e dinâmica servem a um projeto de provocação e cinismo
nada fácil de ser digerido. Tudo fruto da mente do diretor e roteirista Gregg
Araki, conhecido por seus filmes independentes de temática gay e qualidade
duvidosa.

Intrigado com o mistério, Smith pede ajuda à sua melhor
amiga, Stella (Haley Bennett), uma lésbica que está saindo com uma feiticeira
com poderes sobrenaturais. Enquanto busca pistas sobre o que ocorreu, Smith
experimenta o sexo casual com homens e mulheres. Também passa a ser perseguido
por sujeitos com máscaras de animais, ao mesmo tempo que ajuda a amiga Stella a
fugir da obsessiva lésbica-bruxa. Em meio a tudo isso, descobre os planos de
uma seita secreta que planeja o fim do mundo e que está ligada à seu passado e
a seu pai, morto num acidente de carro quando ainda era criança.

Cabe reforçar, no entanto, que o diretor caminha pelas vias
da provocação e da desconstrução de seus temas recorrentes. Claro que nem
sempre acerta, mas vale dizer que o surrealismo faz parte de suas referências,
como fica claro em uma cena do filme que faz referência ao cinema de Luis
Buñuel. Além da temática gay – aqui tratada muitas vezes de forma banal e rasa
– está também presente sua sátira às séries televisivas de comédia e dramas adolescentes.

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Kaboom
Gregg Araki
EUA/França, 2010
86 min.
Trailer
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