Muitas vezes nosso senso crítico não depende de aprendizado específico, estudos e análise. Basta, muitas vezes, apenas amadurecer, crescer, deixar de ser criança. Entre os críticos e cinéfilos, exigentes quanto à qualidade dos filmes vistos, existe o que se chama de pecados inconfessáveis. Mas apesar dessa expressão sugerir segredo, todos adoram revelar quais são seus pecados inconfessáveis.
Mas o que é isso, afinal? Pecados inconfessáveis nada mais são do que certos filmes ruins que a gente gosta demais e sempre revê quando pode. Aquele filme que quando passa na TV você não perde, mesmo sabendo que ele é ruim.
E não é preciso ser crítico ou conhecedor de cinema para ter um pecado inconfessável no currículo de gostos injustificáveis. Muitas vezes basta ter crescido. Rever aquele filme que você adorava na infância ou na adolescência, pode te fazer ver o quanto era ruim. Mas e daí? Você vê mesmo assim e se diverte do mesmo jeito.
Rever alguns filmes sobre os quais guardamos lembranças muito boas pode até ser perigoso. Corre-se o risco do desencanto e a perda de uma boa lembrança. Mas há aqueles que mesmo revistos sob o crivo da maturidade, ainda que seja notória sua má qualidade, preservam seu encanto.
Foi pensando nisso que decidi fazer uma lista de meus pecados inconfessáveis. Menos para exibi-los e mais para estimular o caro leitor a também fazer a sua e compartilhar conosco. Não se acanhe, não se envergonhe. Afinal, todos nós temos nossos pecados inconfessáveis... ou nem tão inconfessáveis assim. Aqui estão cinco dos meus.
“Notting Hill” (Roger Michell, 1999)

“Comando para Matar” (Mark L. Lester, 1985)

“Tango e Cash” (Andrey Konchalovskiy, 1989)

“A Teoria do Amor” (Fred Schepisi, 1994)
uma das muitas comédias românticas protagonizadas por Meg Ryan. Como filme de gênero é o velho água com açúcar, mas tem um detalhes que dá um tempero especial. Na história, a protagonista é sobrinha de ninguém menos que Albert Einstein. Numa excelente e divertida caracterização de Walter Matthow, o gênio Einstein tentará, junto com outros três amigos cientistas amalucados, fazer as vezes de cupido. Mas não será nada fácil fazer sua sobrinha, uma brilhante aluna de Princeton, se apaixonar por um simples e nada culto mecânico de carros, vivido por Tim Robbins.
“Pânico” (Wes Craven, 1996)

Pronto. Fiz minhas confissões. Agora é com você, claro leitor. Quais são seus pecados inconfessáveis no cinema?
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