sábado, novembro 05, 2011

A Casa dos Sonhos




Dream House
Jim Sheridan
EUA, 2011
92 min.

Existem mais mistérios em Hollywood do que sonha nossa vã filosofia. Um desses mistérios é como atores de razoável qualidade ou renome se envolvem em projetos tão ruins. A Casa dos Sonhos traz em seu elenco Daniel Craig, Naomi Watts e Rachel Weisz. Três nomes de algum respeito envolvidos numa trama que mesmo não sendo original, poderia render boas surpresas. Mas é levada com tanta indefinição, que se perde completamente.

Craig é Will Atenton, um executivo que se muda com a família para uma nova casa numa pequena cidade, onde pretende se dedicar a escrever seu livro. Sua esposa Libbyy (Rachel Weisz) e suas duas filhas parecem entusiasmadas com a mudança para a nova casa e tudo os faz parecer uma família feliz.

As coisas se complicam quando eles descobrem que naquela casa, há anos atrás, ocorreu uma terrível tragédia. Um homem assassinou sua esposa e suas duas filhas a tiros. Junto com a descoberta, coisas estranhas passam a acontecer e pessoas estranhas parecem rondar a casa. Parte da chave desse mistério pode estar na vizinha da frente (Naomi Watts), que parece saber mais coisas sobre o que realmente aconteceu no passado.

Querendo saber o que realmente aconteceu e onde está preso o assassino que morou ali, Will tentará, sem resultado, falar com as autoridades. Diante da resistência de todos, chega à clínica onde o assassino, Peter Ward, esteve internado. Lá receberá uma informação surpreendente, que mudará completamente o rumo da história.

É nesta mudança de rumo que o filme se perde completamente. O grande problema de A Casa dos Sonhos é não apresentar uma definição sobre o que quer ser. Ensaia o terror, depois o suspense, depois o sobrenatural e por fim a loucura. Esta indefinição de qual registro seguir faz com que a trama pareça uma colcha de retalhos. A narrativa pula de um registro a outro e em nenhum alcança qualquer resultado razoável.

O que já estava ruim só piora quando o último mistério é finalmente solucionado. Além de fechar a trama com um argumento precário e ridículo, o filme muda pela última vez o tratamento da trama, saltando para um novo e insosso registro. No final, a sensação que fica é de uma completa falta de conexão entre como o filme começou e como terminou. Além da pergunta de como aquele elenco topou fazer um filme tão indefinido e mal escrito.
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