quinta-feira, setembro 22, 2011

Sem Saída



Abduction
John Singleton
EUA, 2011
106 min.

“Sem Saída”, filme que estreia nesta sexta (23), é uma típica produção caça-níquel. No papel principal, o filme traz Taylor Lautner, que ganhou fama graças ao sucesso da franquia “Crepúsculo”. Nos filmes da franquia, ele interpreta Jacob, um lobisomem juvenil que faz parte de um monótono triângulo amoroso entre vampiros, humanos e lobisomens - todos virgens desavisados e bastante tolos.

Com a chegada em breve da primeira parte do último episódio da Saga Crepúsculo, “Sem Saída” surge na urgência de aproveitar o sucesso e a visibilidade de Lautner e faturar em cima disso. Com um roteiro de remendos vergonhosamente mal costurados, o filme tenta ao máximo explorar a figura do ator com seus músculos e o apelo deles junto ao público jovem.

Nathan (Taylor Lautner) é um jovem de 18 anos que vive com os pais. Como todos nesta fase da vida, está à procura de sua própria identidade, de sua autoafirmação. Essa procura sutil e imaterial pela qual todos passamos, vai se tornar algo muito mais tangível para Nathan, sem qualquer sutileza possível. Ao fazer uma busca na internet para um trabalho escolar, ele se depara com uma foto sua em um site de crianças desaparecidas.

Esse bom argumento de mistério é completamente diluído na geleia que se segue. Logo que descobre que seus pais podem não ser realmente seus pais, se vê no meio de uma absurda perseguição, tendo em seu encalço a CIA e um perigoso agente do crime internacional. Sem saber em quem confiar, consegue escapar de todas as armadilhas. Para isso, conta com a sorte de seu pai (ou o homem que acreditava ser seu pai) tê-lo ensinado diversas técnicas de combate.

O elenco conta com duas ilustres presenças: Alfred Molina (o Dr. Octopus de “Homem Aranha 2”), no papel de um ambíguo chefe de operações da CIA, e Sigourney Weaver (a Tenente Ripley de “Alien – O Oitavo Passageiro”), como a psicanalista de Nathan, também envolvida da trama de mistério.

Em meio a clichês óbvios, situações previsíveis e inconsistências do roteiro, o que mais chama atenção no filme é a atuação de Lautner. Sua falta de expressividade, sua limitação como ator, seu estado cru de interpretação atingem um nível dramático de despreparo. Somando-se isso a todo o resto, o resultado é um filme patético e constrangedor em que nada se salva.
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