The Lincoln Lawyer
Brad Furman
EUA, 2011
118 min.
Mais um filme de advogado, investigação e tribunal. “O Poder e a Lei”, filme que estreia nesta sexta (27), tem um pouco de cada. Mas passa por cada um desses elementos de gênero sem nenhuma novidade e sem causar grande entusiasmo.

A trama se arma quando Mick assume um caso de acusação de estupro e espancamento de uma prostituta por parte de um mimado herdeiro de família poderosa. Vê a oportunidade de faturar alto com o caso e é inicialmente convencido de que o rapaz é inocente e que foi vítima de um golpe da prostituta. Com o andamento das investigações e dos tramites legais, perceberá que o caso remete a um outro caso antigo, do qual ele até hoje tem dúvidas.
O personagem Mick Haller é um tipo sem grandes escrúpulos, que está preocupado apenas em ganhar o seu dinheiro, não importando de onde ele venha. Seu casamento definhou justamente pelo conflito entre os ideais de sua esposa e seu caráter duvidoso. Contudo, ao ver a possibilidade de corrigir um erro do passado, é subitamente atacado pelo desejo de justiça. O grande dilema do filme está no advogado antiético que subitamente se vê preso à ética da profissão e tem de livrar da prisão alguém que ele quer ver preso.

Outra falta grave do filme é colocar na trama personagens de certa maneira fundamentais para o desfecho e que entram e saem da história sem qualquer grande explicação.
Assim, sabemos que Haller tem uma secretária chamada Lorna (Pell James) que o ajuda em alguns momentos, mas não sabemos onde ela trabalha, que vínculos tem com ele. Ela simplesmente entra e sai de cena. O mesmo ocorre com a personagem Gloria (Katherine Moenning) a quem Haller ajuda e que serve somente como elo para a providencial coincidência que dará ao advogado o trunfo final da história.

Com a pegada de filme policial e de tribunal, mas sem as melhores qualidades de um ou de outro, "O Poder e a Lei" se enrola e desenrola sem surpresas ou reviravoltas surpreendentes. Um argumento interessante, mas que o filme aproveita muito mal.
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