George Nolfi
EUA, 2011
106 min.
O que mais falta em “Os Agentes do Destino”, filme que ainda se encontra em exibição em São Paulo, é pressão. Por mais que tente, o filme simplesmente não pega pressão. Nem o argumento imaginativo, nem o ritmo de thriller, nem o romance dos protagonistas; nada disso é suficiente para que filme apanhe o espectador. O resultado disso é uma narrativa frouxa e um casal sem química.

“Os Agentes do Destino” é mais uma adaptação da obra de Philip K. Dick, escritor de ficção científica que já teve suas histórias levadas para o cinema diversas vezes, como nos filmes “O Vingador do Futuro”, “Blade Runner – O Caçador de Androides” e “Minority Report – A Nova Lei”.
Menos futurista que a maioria das histórias do autor, o filme revela um certo tipo de agentes que interferem no rumo da vida das pessoas para mantê-las no caminho certo de um plano maior, traçado para cada uma delas. Não ficando claro se são anjos e se o tal “presidente” a quem se reportam seja Deus, esses agentes encontram em David uma especial dificuldade em mantê-lo no caminho que foi planejado para ele.
Argumento interessante, condução da trama nem tanto. O único ponto de contato entre o desenvolvimento da ação e espectador está justamente na teimosia de David em se sujeitar a esse “destino”. Afinal, todo mundo já deve saber como é o desejo de não obedecer a normas que você não entende para que existem. É essa rebeldia de David que nos cativa num primeiro momento. Sua impulsividade e desobediência é o ponto alto do filme, quando mais nos identificamos.

Dessa forma, “Os Agentes do Destino” acaba por ser um filme mediano, que desperta pouco interesse e serve apenas como entretenimento raso para uma futura “Sessão da Tarde”. Na ausência de coisa melhor para fazer, ou ver, vale como passatempo morno.
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