
O grande achado de Jorge Furtado em seu novo filme não é apenas
a fina ironia que se costura na tela, mas principalmente o modo como esta
ironia revela a espantosa atualidade de uma peça de teatro escrita no século 17,
encenada pela primeira vez na Londres de 1626.
Escrita pelo dramaturgo inglês Ben Jonson (1572-1637), a
peça faz uma crítica aguda e irônica a uma novidade que começava a surgir naquele
tempo: os primeiros jornais.
É a partir do texto de Jonson que Furtado costura seu
documentário, entrelaçando trechos de uma montagem da...