Não Se Preocupe, Nada Vai Dar Certo
Hugo Carvana
Brasil, 2011
100 min.
Depois de 21 anos longe do cinema, Tarcísio Meira retorna à tela grande em novo filme de Hugo Carvana. Mas, infelizmente, sua atuação é a única coisa positiva do filme, uma comédia quase incapaz de fazer rir.

A história começa quando a polícia baixa numa rinha de galos comandada por Ramon, que tem de fugir da cidade. Para não abandonar o pai, Lalau deixa para trás Rosa (Mariana Rios), com quem vivia em uma casa na praia. Pai e filho vão parar em Fortaleza, onde Lalau passa a se apresentar em um hotel e onde Ramon retoma um velho caso com a dona de um bordel.
Após uma de suas apresentações, Lalau conhece Flora (Flávia Alessandra), executiva que oferece uma grana alta para o ator se passar por um guru espiritual durante um workshop motivacional de uma grande empreiteira no Rio de Janeiro. Lalau aceita, e parte para o Rio sem avisar seu pai, que, depois de descobrir o golpe do filho, vai em seu encalço.

Os problemas de “Não Se Preocupe...” começam pelo roteiro, que vai pouco além de uma série de retalhos mal costurados, incapaz de fazer sentido. Tem tantos lapsos que chega a ser constrangedor, mesmo sendo o filme uma (tentativa de) comédia escrachada. Na tela, o que se vê são atuações pífias, pouco inspiradas, e uma direção de arte novelesca, um pastiche de televisão.
A dupla Tarcísio Meira e Gregório Duvivier não consegue criar química suficiente para o humor e o filme simplesmente não consegue fazer rir. Salvam-se, contudo, algumas cenas de Tarcisio, que quando só em cena faz o filme descolar um pouco do raso irrisório, com perdão do trocadilho.
Esses momentos melhoram ainda mais quando seu personagem, utilizando disfarces canastrões, se passa por vários tipos, como embaixador de um país exótico, detetive casca grossa ou advogado experiente. Mas, apesar desses bons momentos, o filme não deixa de ser bastante pífio.

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