domingo, maio 29, 2011

Breviário da Semana Nº 01

Um semanário muito breve.

Minhas Tardes com Margueritte

Dos filmes que entraram em cartaz nesse final de semana, só não vi Se Beber Não Case 2, mas pelo que tenho acompanhado dos amigos de crítica, não estou perdendo grande coisa, pois o filme não passaria de uma reedição das ótimas piadas do primeiro filme. E piada requentada é pior que café requentado. Se for mesmo isso, é uma pena que a continuação de uma das melhores comédias dos últimos anos tenha se acomodado da repetição e aberto mão da originalidade.

Um Novo Despertar
Minha mais forte recomendação vai para Estrada para Ythaca, do qual já falei aqui. Mas é cinema duro, passa longe de entretenimento. Mas para quem embarcar na viagem, será uma experiência incrível.

Algo mais palatável e que figura como minha segunda opção é a sensível comédia dramática Minhas Tardes com Margueritte. Gérard Depardieu interpreta com muita graça um homem de inteligência curta, que passou a infância sendo maltratado pela mãe e que adulto descobre o prazer da literatura em encontros com a doce Margueritte (interpretada por Gisèle Casadesus), uma senhora de 95 anos que vive em um asilo. Um filme sobre um tipo de raro de amor.

Um pouco atrás vem “Um Novo Despertar”, que trás Mel Gibson como um empresário que dribla uma profunda depressão através de um boneco de castor que dá voz a seu subconsciente. Dirigido por Jodie Foster, que interpreta a esposa do empresário, o filme, que se inicia como comédia, vai ganhando contornos dramáticos e sombrios à medida que o castor evoca o lado escuro da psique do empresário.

O Poder e a Lei
O Poder e a Lei”, sobre o qual já falei aqui, trás um advogado de porta de cadeia que tem seu escritório no banco de trás de um Lincoln. Com uma trama fraca e personagens mal delineados, fica como uma opção para quem não resiste a um filme de tribunal.

Por fim vem “Inversão”. O filme me decepcionou muito. É um suspense policial que mostra a inversão de personagens que passam de vítima a algozes, de ingênuos a desiludidos no transcorrer da trama. Com uma estética que serve de verniz a uma certa falta de conteúdo, o filme escorrega em diálogos frágeis difíceis de engolir e numa trama paralela que não ganha corpo justamente pela má construção dos personagens.



Em Cartaz


O que mais gosto ao ver esses filmes de adaptação de quadrinhos é lembrar que, antes de qualquer pretensão intelectual e aprofundada sobre cinema, sou um nerd. Com Thor não foi diferente. Esses filmes sempre despertam o garoto retraído leitor de HQs que fui no passado. O filme sobre o deus do trovão é bastante bom, embora a ação fique devendo um pouco. Por outro lado, as tramas palacianas, de reis e príncipes são interessantes. Equilibrando-se sempre no velho problema de agradar ao público leigo e ao fã de quadrinhos, cumpre bem seu papel. 


Não Me Abandone Jamais
Thor faz parte do projeto da Marvel de lançar filmes solos dos heróis que depois serão reunidos numa equipe em Os Vingadores. Um grandioso projeto que considero ousado e corajoso. Como fã de HQs, fico bastante entusiasmado com ele, embora abarque um grupo de super heróis do qual nunca fui muito chegado. Mas não há dúvida que é algo inédito e só se tornou viável a partir do boom de adaptações de HQs para o cinema, iniciada nos idos de 1989, com Batman – O Filme, de Tim Burton. Vamos ver no que vai dar isso.


Não deve mais estar em cartaz, pois fazia parte da sessão cult que a rede Cinemark promove, mantendo um filme sério em cartaz em uma única sala e único horário, por mais tempo que o habitual. Talvez uma pequena compensação pelo volume de lixo que entope suas salas de exibição. Não Me abandone Jamais, sobre o qual escrevi em detalhes aqui, é um filme excepcional. Conta a história de três jovens fadados a um destino comum terrível e a forma como se relacionam entre si, mesmo sabendo o que os espera. Um dos melhores filmes que vi esse ano.



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