De vez em quando gosto de atazanar o Merten, do Estadão. Admiro-o demais como crítico e compêndio vernacular de cinema. Mas às vezes, na minha modesta opinião, ele escorrega por conta de birras. Foi o caso de A Ilha do Medo, de Scorsese. Está sendo o caso de A Suprema Felicidade, do Jabor. Na onda de irritá-lo, usei até uma investigação dos limites entre ficção e realidade, tão em voga no cinema nacional, para me pintar de acadêmico (nada mais distante de mim que a academia). Ele respondeu, com a ironia e o respeito de sempre pelos seus leitores. A cena que resultou disso foi, para mim, epifânica. Eu, diante do quadro negro, explicando para ele alguns princípios básicos de cinema, depois de reprovar sua redação a respeito da contracrítica. Nem a dupla Dalí e Buñel comporiam quadro mais surreal. O que fica mesmo para mim é o orgulho de ter sido notado - outra epifania - por alguém tão no olimpo de aqui desse meu mundinho de blog anônimo. Abraços ao Merten. Clique aqui.
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