Dream House
Jim Sheridan
EUA, 2011
92 min.
Existem mais mistérios em Hollywood do que sonha nossa vã
filosofia. Um desses mistérios é como atores de razoável qualidade ou renome se
envolvem em projetos tão ruins. A Casa dos
Sonhos traz em seu elenco Daniel Craig, Naomi Watts e Rachel Weisz. Três
nomes de algum respeito envolvidos numa trama que mesmo não sendo original,
poderia render boas surpresas. Mas é levada com tanta indefinição, que se perde
completamente.
Craig é Will Atenton, um executivo que se muda com a família
para uma nova casa numa pequena cidade, onde pretende se dedicar a escrever seu
livro. Sua esposa Libbyy (Rachel Weisz) e suas duas filhas parecem
entusiasmadas com a mudança para a nova casa e tudo os faz parecer uma família
feliz.
As coisas se complicam quando eles descobrem que naquela
casa, há anos atrás, ocorreu uma terrível tragédia. Um homem assassinou sua
esposa e suas duas filhas a tiros. Junto com a descoberta, coisas estranhas
passam a acontecer e pessoas estranhas parecem rondar a casa. Parte da chave
desse mistério pode estar na vizinha da frente (Naomi Watts), que parece saber
mais coisas sobre o que realmente aconteceu no passado.
Querendo saber o que realmente aconteceu e onde está preso o
assassino que morou ali, Will tentará, sem resultado, falar com as autoridades.
Diante da resistência de todos, chega à clínica onde o assassino, Peter Ward,
esteve internado. Lá receberá uma informação surpreendente, que mudará
completamente o rumo da história.
É nesta mudança de rumo que o filme se perde completamente.
O grande problema de A Casa dos Sonhos
é não apresentar uma definição sobre o que quer ser. Ensaia o terror, depois o
suspense, depois o sobrenatural e por fim a loucura. Esta indefinição de qual
registro seguir faz com que a trama pareça uma colcha de retalhos. A narrativa
pula de um registro a outro e em nenhum alcança qualquer resultado razoável.
O que já estava ruim só piora quando o último mistério é finalmente
solucionado. Além de fechar a trama com um argumento precário e ridículo, o
filme muda pela última vez o tratamento da trama, saltando para um novo e
insosso registro. No final, a sensação que fica é de uma completa falta de
conexão entre como o filme começou e como terminou. Além da pergunta de como
aquele elenco topou fazer um filme tão indefinido e mal escrito.
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