sábado, agosto 06, 2011

Breve Guia



Pensando em pegar um cinema nesse final de semana? O Eu, Cinema fez um guia rápido, a partir do que já conferiu, do que está em cartaz em São Paulo. Faça sua escolha e bom filme (de preferência, sem barulho de saquinho de bala ou pipoca, nem conversas ou luz de celular, por favor). Os filmes estão na ordem de cotação, dos mais bem cotados aos menos bem cotados*. 

Saturno em Oposição
Outubro
Poucos filmes são tão bem conduzidos no domínio do tempo da narrativa como esse trabalho do turco Ferzan Ozpetek. É a história de um grupo de amigos que atravessam a felicidade, a tristeza, a perda, o luto e restituição da alegria, entre conflitos internos nas relações. Simples, bonito, comovente e humano.

Melancolia
Entre o estado de depressão profunda e o fim do mundo, um filme de rara beleza e muitos significados. Atuações incríveis de Kirsten Dunst e Charlotte Gainsbourg e imagens que vão do mais belo enquadramento ao mais assombroso efeito.

Homens e Deuses
Inspirado em fatos reais, reconta o caso dos monges franceses sequestrados e executados por grupos extremistas na Argélia, em 1996. Mais que um retrato político e histórico, uma obra sobre a fibra do caráter, a força da fé e as convicções de homem. Excelente.

Gainsbourg – O Homem que Amava as Mulheres
Declaradamente fantasiosa cinebiografia do polêmico cantor e compositor francês Serge Gainsbourg. Adorável filme, cheio de fantasia, humor, sensualidade e beleza. A entrada em cena da modelo Laetitia Casta como Brigitte Bardot é antológica. E, claro, recheado com as inesquecíveis canções do compositor.

Meia-Noite em Paris
Minhas Tardes com Margueritte
Novo filme do Wood Allen mostra escritor inseguro em viagem a Paris com a esposa. Em busca de inspiração e apaixonado pela cidade, acabará conhecendo um lado mágico e insólito da cidade. Um filme que fala sobre um sentimento comum no ser humano: a saudade de um tempo que não viveu. Allen desconstrói esse sentimento com maturidade e inteligência.

Outubro
Um recém-nascido é deixado na casa de um solitário agiota. Sem saber como lidar com a criança e sem poder se livrar dela, pede ajuda a uma vizinha. Uma narrativa sobre a solidão, os sentimentos vedados e a possibilidade de afeto e amizade entre os mais brutos e endurecidos pela pobreza.

Vejo Você no Próximo Verão
Um casal promove o encontro de outro casal. Enquanto um par consolida a relação através de afeto, comlucidade e comprometimento, o outro se dissolve pela perda da confiança e pelo desequilíbrio de uma traição. Ainda um pouco cru, Philip Seymour Hoffman estreia na direção. Faz um filme delicado e tocante, mas ainda tem muito a refinar. Mas já apresenta um ótimo começo.

Minhas Tardes com Margueritte
Um homem simples e rústico, casado e com problemas com a mãe rancorosa, inicia delicada e surpreendente amizade com uma senhora muito idosa. Através da literatura, criarão laços de afeto, respeito e carinho. Cinema mínimo, de sentimento humano e verdadeiro.

O Casamento do Meu Ex
Melancolia
Amigos se reúnem para casamento, mas sentimentos e frustrações do passado virão à tona para perturbar o suposto equilíbrio dos noivos. Um filme divertido, suave, bem conduzido e com bons diálogos. Evita alguns clichês, cai e outros e utiliza bem alguns. Ótimo filme para que procura algo leve, sem ser estúpido.

Quero Matar Meu Chefe
Comédia realmente divertida sobre três sujeitos que querem matar seus chefes tirânicos e maníacos. Ótimas piadas e referências, participações de peso como Jamie Foxx, Kevin Spacey e Jannifer Anniston e atuações inspiradas de alguns dos atores principais. Melhor que “Se Beber, Não Case”.

Mamute
Após se aposentar, sujeito atrapalhado precisa ir atrás de seus antigos empregadores para coseguir documentos que o ajudem a ter uma aposentadoria integral. Comédia e road movie no qual o protagonista viverá uma viajem sempre à beira do insólito, na qual descobrirá o prazer em estar vivo e a incrível sensação de liberdade.

Como Arrasar um Coração
Especialista em conquistar mulheres vende seus serviços à famílias que querem separar casais. Boa comédia romântica francesa. Tem os cacoetes do gênero, mas se sai bem na sua utilização. É engraçado e não muito piegas, um equilíbrio geralmente inverso no gênero, daí sua grande qualidade

Potiche – Esposa Troféu
Quero Matar Meu Chefe
Catherine Deneuve e Gérard Depardieu fazem o par ícone dessa comédia sobre a emancipação da mulher. Ambientado nos anos 70, mostra uma dona de casa, esposa de um tirânico industrial, tendo que assumir os negócios da família, enfrentando greves e revindicações sindicais por parte dos trabalhadores.

Quebrando o Tabu
Documentário sobre a descriminalização da maconha. Apesar de um roteiro e de uma montagem que não define a posição do filme quanto ao problema, tem a favor a exibição de dados, fatos e depoimentos sobre o assunto que ajudam a esclarecer o tamanho do problema e o que se tem feito em outros países.

Assalto ao Banco Central
Tentativa nacional de, a partir do roubo verídico do Banco Central em Fortaleza, adentrar no gênero de filmes de grandes e inteligentes assaltos. Peca gravemente por não saber usar os elementos do gênero e tratar o roteiro e o plano com displicência. Nesse gênero, ainda temos muito que aprender. Mas o filme não é de todo ruim. Vale dar uma espiada.

A Inquilina
Mulher independente se muda para apartamento e passa a se sentir vigiada. História fraca, final previsível. Até a metade se sai razoável, depois avacalha nos clichês e na falta de suspense. Um ou dois sustos, nada mais.

Vejo Você no Próximo Verão
Transformers: O Lado Oculto da Lua
A bobagem não tem fim e o filme repete os fogos de artifício dos anteriores. Para levar as crianças e tentar dormir entre as explosões.

Não Se Preocupe, Nada Vai Dar Certo
Dois atores mambembes, pai e filho, metidos em confusões. Roteiro mais esburacado que rua de São Paulo, piadas totalmente sem graça. Sobra apenas a boa participação de Tarcício Meira, que consegue alguma graça em algumas cenas.
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(*) O Eu, Cinema não exibe as cotações que dá aos filmes por achá-las uma simplificação reducionista da obra. Entre estrelas, bonequinhos e carinhas, prefere a palavra escrita e a leitura das mesmas por parte do público.

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